Composto combate a praga da mosca-branca no Rio Grande do Norte

O crescimento na infestação pela mosca-branca nos pomares de cajueiro de municípios potiguares preocupa produtores e entidades ligadas ao agronegócio. Na tentativa de conter o avanço dos insetos e a redução na produção de caju, o Sebrae no Rio Grande do Norte trabalha na orientação de agricultores familiares atingidos para utilizar compostos vegetais à base de óleos para controle da praga. Em assentamentos de Apodi e Assú, a mistura está sendo aplicada com sucesso em caráter experimental.
O produto, fabricado a partir da mistura de água, óleo de algodão e detergente neutro, está sendo testado em cajueiros orgânicos, cultivados por um grupo de 35 produtores que integram a Cooperativa dos Produtores de Novo Pingos (Coopingos).
O consultor do Sebrae-RN responsável pela orientação, Roberto Brígido, aponta os bons resultados e o não comprometimento do processo de polinização por meio das abelhas como principais fatores para o uso do composto.
"A mistura possui resultados muito positivos no combate à praga, e, ao mesmo tempo, não acarreta nenhum prejuízo para a polinização realizada pelas abelhas. Isto credencia o produto como uma alternativa viável para o combate à mosca-branca", explica.
A mistura, que também pode ser feita com óleo de Nim, mamona, ou soja, deve ser aplicada por meio de pulverizadores, respeitando intervalos entre cinco e sete dias. Segundo orientação do consultor, se aplicado de forma correta, especialmente na parte de baixo das folhas dos cajueiros, os resultados podem ser ainda mais satisfatórios.
"A mosca-branca se reproduz de forma assustadora, e pode se deslocar de uma planta para outra com muita facilidade. Por isso, quanto melhor aplicada, maiores as chances do inseto não atingir uma área maior do pomar", enfatiza.
A Aleurodicus cocois, nome científico do inseto é chamada de mosca-branca pela semelhança que possui com a mosca na fase adulta. São insetos que se instalam na face interior das folhas e se agrupam em colônia. As plantas atacadas pela praga exibem um contraste de coloração negra opaca, causado pela ação de fungos. 
Fonte: O Mossoroense