quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Produtores de mel se únem para abrir mercado

Os apicultores do Rio Grande do Norte apostam na união para vencer os reflexos da estiagem, que afeta diretamente a produção de mel.
A partir de dezembro, a produção de cerca de 6 mil apicultores potiguares e entidades ligadas ao setor, atendidos pelo projeto de Apicultura do Sebrae, serão comercializados com a marca "Potimel".
Inicialmente, a marca será vendida na Grande Natal. A medida foi adotada para divulgar, baratear custos e agregar valor ao mel produzido no Estado.
A decisão foi anunciada na sexta-feira (19), durante a reunião do Comitê Gestor do Projeto de Melhoramento Apícola, realizada no Espaço Empreendedor do Sebrae na 50ª Festa do Boi. O evento aconteceu no parque Aristófanes Fernandes, em Parnamirim.
Para o gestor do Projeto de Apicultura do Sebrae-RN, Lecy Gadelha, a medida vem para auxiliar na profissionalização dos apicultores.
"Apesar de ser o terceiro maior produtor de mel do Nordeste, o Rio Grande do Norte tem poucas casas de mel certificadas, dentro das normas sanitárias. Estamos trabalhando nesse sentido e atualmente já temos oito unidades de beneficiamento certificadas", conta. O gestor estima que esse número suba para 80 unidades até 2014.

 
Federação apícola destaca importância da iniciativa

O presidente da Federação Apícola do Rio Grande do Norte(Farn), Giomar Lopes, acredita que a medida irá beneficiar a apicultura potiguar e deve fazer com que o Rio Grande do Norte suba no ranking de produção de mel.
 
"Boa parte da nossa produção, devido à falta de unidades de beneficiamento certificadas, é processada no Ceará, principalmente o mel da região Oeste, pela proximidade". Giomar Lopes ratifica que o produto que sai do RN ajuda a engordar as estatísticas de produção do Ceará, segundo maior produtor nordestino de mel. Em primeiro lugar, vem o Piauí.
Além dos prejuízos causados pela seca, que este ano deve comprometer até 90% da produção de mel do Estado, os apicultores potiguares também têm prejuízos na hora de processar o mel. Devido à falta de certificação, os produtores buscam unidades de beneficiamento de outros municípios para que o mel seja fracionado e envasado.

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